sábado, 8 de outubro de 2011

Reciclar é "pobre" ou "cult"?


Tudo depende de como você vê as coisas é o título de um livro delicioso de Norton Juster, pela Cia. Das Letras.
Quando a gente fala em reciclagem e em reutilização de materiais, podemos ver isso de muitas maneiras. E dependendo de como vemos, vamos fazer participar de nossas vidas de uma maneira diferente.
Estou aqui olhando para esta imagem da turma do Manda-Chuva (fez parte da minha infância), onde eles certamente reciclavam baldes, sapatos velhos e até espinhas de peixe por serem "pobres". Naquele tempo, ninguém pensava em sustentabilidade e em reciclagem como uma atitude em favor do planeta. Lixo era só lixo, algo pra se pôr na rua certa hora do dia.
Mas não dá pra deixar de ver que eles estão fazendo música, parecem alegres e envolvidos com aquela atividade e que o fato de tocarem funis e raquetes de tênis é o menos importante.
A gente também pode sair do universo dos gatos "sem-teto" e adentrar o universo da cultura, da música de Hermeto Pascoal, por exemplo, que há muito tempo já tirava sons de chaleiras e brinquedos. Todo mundo achava "cult", porque era música experimental.
Bem, nós não fomos educados para a sustentabilidade, mas nossas crianças precisam ser. E uma das melhores maneira é tornar a reciclagem uma parte integrante de suas vidas.
Mas para o(a) professor(a) fazer isso, precisa saber primeiro, em si mesmo(a): como ele(ela) vê a reciclagem? Ela faz parte da sua própria vida?
É uma autoanálise importante que, talvez, leve a uma reciclagem de conceitos e a uma descoberta de estratégias e caminhos para a educação ambiental, dentro da própria rotina escolar!

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