domingo, 8 de janeiro de 2012

Quem ama, cuida!


Não deve ser difícil estabelecer o vínculo entre o sentimento de amor e a ação de cuidar. Sentimentos geram ações, e se há uma ação que o amor estimula, ela está sempre associada a cuidar, proteger e acariciar. Quem ama não saqueia, não violenta e nem quer destruir.
Ao dizer que amamos nosso planeta, agir como se não ligássemos para o que acontece com ele é uma incoerência. Mas como o ser humano é incoerente muitas vezes, pode ser que não perceba a desconexão entre seu sentir e seu agir, e use seu amor como uma espécie de admiração, ou uma promessa, ou uma esperança de que algo melhore, sem dar a sua quota de cuidado.
Leonardo Boff tem abordado um tema estritamente ligado a esta reflexão que procedemos: a ética do cuidado. Segundo o pensador afirmou, "hoje mais do que nunca se faz necessária uma ética do cuidado, porque tudo está descuidado. A cada dia cerca de 20 espécies de seres vivos desaparecem de forma definitiva dada a presença agressiva do ser humano. Ele se fez um homicida das grandes expressões da biodiversidade da vida". Esta e outras reflexões podem ser lidas na revista Planeta sustentável.
O apelo à consciência pode surgir de dois lugares diferentes: de dentro, pela conscientização que nasce do conhecimento e reflexão, e que conduz a escolher atitudes de acordo com uma ética definida; ou de fora, pela pressão dos acontecimentos e pela observação dos resultados que as ações geram no mundo e na sociedade. Por que a ética tem essa inevitável relação com a prática e nunca consegue permanecer invisível.
Ainda sobre a ética do cuidado, sugerimos para leitura o texto O nascimento de ética planetária, também da autoria de Leonardo Boff, disponível aqui, e que integra o livro Do iceberg à arca de Noé (Ed. Garamond).

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